Centenário de morte de Hugo de Carvalho Ramos

Hugo de Carvalho Ramos para o amanhã: Tropas e Boiadas e a Biblioteca do Futuro

Crédito imagem de capa: (c) Debora Taiane / Alego

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Adeus a Martiniano

O escritor Martiniano José da Silva, 87 anos, filho dos lavradores Mariano José dos Santos e Maria Isabel Silva, nasceu nas canículas dos sertões de Poço da Pedra, município de Casa Nova, BA, no dia 18 de setembro de 1936 e faleceu em Morrinhos (GO), no dia 26 de novembro de 2024. Na Bahia estudou as primeiras letras em uma escola rural com o professor Manoel Pereira, apelido ‘Mundoca‘, onde chegava montado num jumento. Em seguida, mudou-se para Poxoréo, no Mato Grosso, para estudar o 4º ano no Externato São José, dirigido pelas irmãs salesianas Alzira Bastos e Zoé Figueiredo; esteve internado no Liceu São Gonçalo, de Cuiabá, por alguns anos, dirigido por padres salesianos, no qual fez Admissão e três anos do ginasial, terminado no Colégio São Luiz; o curso Científico ele começou no Colégio Estadual de Mato Grosso, em Cuiabá, e o concluiu em Goiânia, primeiro no Colégio Estadual Professor Pedro Gomes e depois no Liceu.

É advogado, graduado em Ciências Sociais e Jurídicas pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, em 1966; Mestre em História Social pela Universidade Federal de Goiás (UFG), em 1988, com dissertação sobre “Quilombos do Brasil Central: violência e resistência escrava”, transformada em livro, já em segunda edição; presidente do Conselho Superior da Unifimes, mantenedora do Centro Universitário mineirense; e secretário municipal da Cultura e Turismo de Mineiros, cidade na qual foi vereador por dois mandatos no Legislativo, sem salários.



Obras de MARTINIANO JOSÉ SILVA.

1. 1964. “A moça Que Ria Muito”, romance;

2. 1966, “Poesias e Contos (Bacharéis)”, em parceria com Alaor Barbosa, Miguel Jorge, José Mendonça Teles, Edir Guerra Malagoni, Iêda Schmaltz, Geraldo Coelho Vaz e Luiz Fernando Valadares Borges;

3. 1974, “Sombra dos Quilombos”, ensaio;

4. 1974, “Auto do Zumbi”, peça de teatro, montagem de José Fraga, Toninho Gomes e Almir Amorim;

5. 1976, “Advocacia: engenho e arte”, ensaio, em terceira edição, premiado pela OAB-GO e Conselho Federal da Instituição;

6. “Mineiros: Memória Cultural”, memória;

7. 1981, “Conflito de Limites Goiás Mato-Grosso – Defesa Goiana”, história;

8. 1984, “Traços da História de Mineiros”, história;

9. 1985, “Racismo à Brasileira: Raízes Históricas”, ensaio histórico, 1985, com segunda edição em 1986 e terceira edição em 1995, reimpresso em quarta edição em 2009. Premiado como melhor livro de história, “Trófeu Tiokô”, pela União Brasileira de Escritores, em 1986;

10. 1991, “Parque das Emas: última pátria do cerrado (bioma ameaçado)”, ensaio, em terceira edição;

11. 1998, “Retrospectiva Histórica de Mineiros: Aniversários”, história;

12. 2001, “Os Quilombos na dinâmica social do Brasil”, coordenação Clóvis Moura, EDUFA, Alagoas;

13. 2003, “Quilombos do Brasil Central: violência e resistência escrava”, ensaio (segunda edição, 2008);

14. 2005, “Seleta Acadêmica” (coautoria);

15. 2005, “Escrito nos Jornais: tempo de aprendizagem”, autobiografia intelectual;

16. 2006, “Expoente da Advocacia em Goiás” (coautoria);

17. 2012, “Uma Pausa Para a Coluna Passar”, ensaio histórico;

18. 2014, “Sombras do coronelismo na história do judiciário”, ensaio histórico;

19. 2016, “Teatro experimental do negro em Goiás”, ensaio;

20. “Mineiros: terra e povo”, ensaio, parceria com padre Josias Dias da Costa (inédito);

21. 2019, “Mineiros – A Cidade na História”;

22. 2022, “Casa das Relíquias”;

23. 2023, “Racismos na Pandemia”.


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Este projeto só foi possível graças ao patrocínio da Lei Aldir Blanc, gerida pela Secretaria Especial de Cultura, ligada ao Ministério do Turismo, do Governo Federal e conforme análise aprovada pela Secretaria de Cultura do Estado de Goiás. Esperamos que você curta essa nova biblioteca e colabore para que ela cresça cada dia mais.

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